quinta-feira, 1 de julho de 2010

Deus E Eu No Sertão





Deus E Eu No Sertão

Victor e Leo

Composição: Victor Chaves

Nunca vi ninguém
Viver tão feliz
Como eu no sertão

Perto de uma mata
E de um ribeirão
Deus e eu no sertão

Casa simplesinha
Rede pra dormir
De noite um show no céu
Deito pra assistir

Deus e eu no sertão

Das horas não sei
Mas vejo o clarão
Lá vou eu cuidar do chão

Trabalho cantando
A terra é a inspiração
Deus e eu no sertão

Não há solidão
Tem festa lá na vila
Depois da missa vou
Ver minha menina

De volta pra casa
Queima a lenha no fogão
E junto ao som da mata
Vou eu e um violão

Deus e eu no sertão

Brincadeiras à parte


BRINCADEIRAS Á PARTE

Ontem, uma amiga de infancia, Verci foi com sua filha Isadora jantar em casa e nós rimos muito imaginando a reação das crianças de agora, se assistissem as brincadeiras de nossa infância.

Com certeza, estupefatos, duvidariam de nossa sanidade mental.
Imaginem a geração de agora, desligando seus celulares e computadores, parando para ver um bando (sim, porque se brincava em turmas) de crianças alegres, felizes brincando de:
· RODA : brincar de roda, por hoooraaass nada mais era que ficar de mãos dadas (geralmente meninas) rodando saltitante cantando: “ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar. Ou então: “você gosta de mim…? eu também, de voce …vou pedir ao seu pai….para casar com você”. Ter o nome selecionado e cantado nos versos, era a consagração suprema!

· CABRA CEGA: olhos vendados, tinha que sair caçando um dos adversários estrategicamente espalhados pelo ambiente, e o primeiro a ser pego, castigo supremo: ele seria o próximo “cabra cega”.
· PASSA ANEL: formava se um circulo, todos sentados, com as mãos juntas, como em uma prece, no centro alguém com as mãos fechadas contendo um anel. Ia passando as mãos fechadas, nas mãos também fechadas, dos amigos. O barato da brincadeira, era a cumplicidade com aquele que você escolhia em que mãos depositar o anel, sem que ninguém percebesse. Testava se a esperteza ao trocar o anel de mãos sem notado, e ao receber o anel com cara de paisagem, sem ninguém notar, porque o momento máximo da brincadeira era : escolher de surpresa um dos participantes e fazer a pergunta chave : “fulano, com quem está o anel?” Suspense… se acertasse, o premio era ser o passador do anel. Se errasse… o castigo era nenhum… ficava como estava. Ninguém acertou. Fazia se tudo de novo.
· PULA SELA: uma criança se agachava , com as mãos no joelho. O Outro tinha que saltar sobre ela. Mais procurada pelos meninos.
· LENÇO ATRÁS: o máximo da elaboração: os participantes formavam um circulo, com uma criança no centro, com um lenço. Ela corria no circulo disfarçando e deixava cair o lenço atrás de um dos participantes, de maneira sutil, evitando que ela percebesse, quem tivesse sido escolhida tinha que perceber o lenço, pega-lo, correr, alcançar a criança que jogou o lenço e dizer “peguei”. Se isso acontecesse, ela era vencedora, era a proxima criança a ir para o centro, se não percebesse que o lenço estava atrás dela, era eliminado do jogo.
· PULA CORDA : esse é mais conhecido: Era preciso três pessoas: uma para cada ponta da corda. E a outra pulando.. Quando a corda batia nas perna, “queimou”, saía, ia ajudar bater a corda para o outro. Treino de parceria e disciplina. Esperar sua hora e sua vez.
· QUEIMADA: Esse era mais agitado. AS meninas se misturavam com os meninos, formando dois times. Um traço de giz na rua, um time de cada lado. Era só jogar a bola com MUITA FORÇA, tentando atingir o adversário. O atingidos eram eliminados. O vencedor era quem tinha mais agilidade para fugir e driblar a bola, e/ ou boa pontaria para acertar o arremesso.
· AMARELINHA: De vez em quando pode se ver alguma amarelinha riscada em alguma calçada. Era uma brinaceira muito, muito comum. Meninos e meninas. Agilidade nas pernas, nos pés, coordenação motora nos lançamentos, cuidados para não queimar.
· ESCONDE- ESCONDE : Uma criança escondia o rosto, tapava os olhos com as mãos, e contava até 10, dando um tempo para as demais se esconderem. A ultima a ser encontrada era a vencedora. As vezes essa brincadeira ia loongeee..
· SAQUINHO: Cinco ou seis saquinhos, não me lembro ao certo. Destreza e coodernação motora. Eram feitos de panos, recheados com arroz. AS vezes era jogado com pedrinhas. Fazia se uma ponte com a mão esquerda, colocando polegar e indicador numa base, que podia ser em uma mesa, no chão, Os saquinhos eram passados por essa “ponte”, enquanto simultameamente, um era jogado ao alto,e tinha que ser pego com a mão direita? Derrubou? Perdeu. Era vez do outro. A Isadora, filha de Verci, com 17 anos, disse que se hoje eu convidar alguém para brincar de “saquinho “, vão pensar em drogas: saquinho de maconha, saquinho de cocaína. Pedrinhas? Só se forem de crack.
Eu e o Decio dizemos, que se uma criança ou adolescente de agora, visse algo assim diria: “ Por favor, me leve a seu Mestre”.

Retirado de:http://picidaribeiro.blog.terra.com.br/

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